Todo produtor agrícola tem em sua rotina a pulverização. É ela que garante a distribuição dos produtos de forma mais prática, ágil e com maior cobertura por toda a lavoura.
Para que essa tarefa seja realizada com sucesso, é preciso garantir uma mistura de qualidade e também um material apto a fazer a pulverização corretamente.
O bico pulverizador é uma peça muito importante nesse processo. É ele que vai auxiliar na distribuição da calda por todas as plantas, sem desperdício de produto e com um espalhamento equilibrado para uma safra de sucesso.
Uma escolha errada pode fazer com que o agricultor precise realizar uma nova aplicação ou até mesmo perder a produção – o que pode gerar sérios danos. Por isso, mesmo sendo um peça tão pequena sua relevância é indiscutível.
Os bicos de pulverização determinam a quantidade de produto a ser aplicada, sua uniformidade de aplicação, cobertura e quantidade potencial de deriva.
Existem diversos tipos de bicos com finalidades diferentes. Usando o tipo certo é garantia de uma aplicação correta e um desempenho ímpar. Confira agora os principais tipos de bico pulverizador e como escolher o recomendado para a sua necessidade.
Tipos de bico pulverizador
Existem no mercado uma série de bicos e padrões de pulverização disponíveis, mas três deles são os mais populares e comumente utilizados: o leque plano, o cone vazio e o cone cheio.
Leque plano: tem esse nome devido ao formato de distribuição do pulverizado. Em forma de uma letra “V” invertida, a deposição do produto será maior no centro, se dissipando para as laterais. Para que a distribuição seja uniforme, é necessário ajustar os bicos para que eles se cruzem.
Cone vazio: as gotas costumam ser bem finas e seu padrão permite uma completa cobertura e penetração. Seu formato é um padrão circular para uma aplicação dirigida. É usado para a aplicação de herbicidas, fungicidas e inseticidas em alta pressão ou vazão.
Cone cheio: o bico pulverizador com esse formato também permite uma distribuição dirigida. Ele se difere do cone vazio por ter um formato circular cheio e com gotas mais grossas.
Para escolher o bico pulverizador correto, pense sempre no que você irá pulverizar. Será um composto para incorporação no solo, aplicação em pré ou pós emergência? O produto é sistêmico ou de contato? Quantos compostos tem esse produto? A finalidade e o produto a ser utilizado determinam o tipo do bico pulverizador escolhido.
Gotas da pulverização
Outro ponto determinante é o tamanho das gotas que você deseja para pulverizar. Esse tamanho varia de acordo com a pressão. Quanto menor a vazão do bico e maior a pressão, menor será o tamanho das gotas; em contrapartida, maior será a suscetibilidade à deriva.
Gotas finas: são recomendadas para aplicação de produtos de contato, ou seja, produtos que precisam cobrir a superfície das folhas. As gotas finas permitem uma cobertura maior.
Gotas médias: ideais para a aplicação de herbicidas sistêmicos e em pré-emergência. Com gotas maiores, também é possível diminuir o risco de deriva.
Além do tamanho da gota e do tipo do bico, é importante se atentar ao material. No mercado, é possível encontrar bicos de plástico, inox e latão – este último o menos recomendado devido ao seu rápido desgaste.
Os de plástico com inserto de inox ou cerâmica são os mais populares e mais frágeis. Mas com os cuidados corretos de manutenção, eles oferecem alta durabilidade e eficiência. O material mais durável é o de cerâmica.
O ideal é fazer um planejamento e pensar no real objetivo da sua pulverização, analisando o melhor custo-benefício para o seu agronegócio. Assim, você fará a escolha certa e terá uma lavoura bem desenvolvida e de alta produtividade.
Deixe sua resposta