Mitos e verdades sobre a pulverização

A pulverização é um método bastante eficaz para a aplicação de defensivos agrícolas no campo. Seja por meio terrestre ou aéreo, ela auxilia a aplicação dos produtos por toda a área a ser cultivada, independente das culturas.

Mas mesmo com um uso tão popular, a pulverização ainda traz dúvidas e gera alguns mitos sobre sua atividade, que pode comprometer o investimento do produtor agrícola e até mesmo perder toda uma safra. Segundo levantamento realizado pelo Instituto Emater em 2016, quase 46% das aplicações são desperdiçadas por erros humanos. Para que você fique longe desse risco, reunimos os principais mitos e verdades sobre a pulverização. Confira e comece agora mesmo a otimizar a distribuição de defensivos e nutrientes na sua lavoura.

A pulverização só deve ser realizada para eliminar pragas na lavoura

Mito. Mais que combater doenças no momento do ataque, a manutenção da área é fundamental para resultados significativos. Quando o agricultor se preocupa com a pulverização preventiva, ele elimina o risco de operações adicionais, além de economizar com mão de obra, insumos e diminuir perdas por danos mecânicos.

Um dos principais erros de pulverização são causados por conta dos bicos

Verdade. Quando a manutenção é realizada de forma incorreta, a pulverização se torna um fracasso. Durante a limpeza, não é recomendado o uso de agulhas, arames ou objetos cortantes, nem lavar em riachos e córregos. Para que a limpeza seja feita corretamente, é necessário utilizar uma escova macia de nylon, além de realizar sua troca periodicamente.

Utilizar a pulverização aérea aumenta as chances de deriva

Mito. Embora a deriva possa acontecer em qualquer tipo de pulverização, a realização com aviões diminui os riscos, devido a sua vantagem de precisão. O avião utiliza um DGPS e fluxômetro, garantindo mais precisão em sua faixa de aplicação. Outro fato que comprova essa afirmação são os dados divulgados pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR). Um estudo realizado entre 2009 e 2012 investigou 88 casos de deriva, dos quais 47 geraram processos – a maioria relativa a pulverizações terrestres.

Os produtos se perdem durante o preparo da calda

Depende. Ao realizar a mistura dos produtos a serem pulverizados, é fundamental que a água esteja em níveis de ph adequados. Sem isso, a mistura pode não ser de qualidade, causando a formação de espuma, onde muitos compostos são levados para o ralo. O uso de um bom adjuvante nessa etapa contribui para o ajuste do ph da água e ainda garante a formação da gota no tamanho certo. Isso evita a deriva e potencializa a absorção foliar.

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